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Romero Jucá explica como a indústria do Carnaval movimenta a economia nacional

Indústria do Carnaval: a folia que movimenta a economia

Para a maioria dos brasileiros, o Carnaval representa dias de festa e de folga. Mas, esse período vai muito além da simples folia. Tanto que há alguns anos surgiu o termo popular Indústria do Carnaval que ajuda a destacar a contribuição da festa na economia nacional. 

 

Segundo as projeções da Confederação Nacional do Comércio, a folia deste ano deve injetar algo em torno de R$ 9 bilhões na economia nacional. Um dado que reforça o conceito da Indústria do Carnaval.

 

E não é para menos. A festa movimenta diferentes setores da economia, com destaque para todas as atividades envolvidas na cadeia dos serviços do Turismo, por exemplo. Além disso, a alegria dos foliões costuma impactar outros setores produtivos, como a indústria têxtil, a de cosméticos e a de bebidas.

 

Dinheiro circulando e mais empregos

O levantamento da CNC é otimista. Segundo as projeções da Confederação, a Indústria do Carnaval deve elevar o faturamento das empresas ao nível  pré-pandemia pela primeira vez. 

 

O documento aponta ainda que esse volume de recursos deve ficar concentrado em cidades do Sudeste e Centro- Oeste, com São Paulo liderando as expectativas de faturamento com R$ 16,3 bilhões; seguido pelo Rio de Janeiro com R$ 5,3 bilhões; e Minas Gerais com R$ 5,2 bilhões. No Nordeste, a Bahia deve ter o melhor resultado, com uma projeção de R$ 2,7 bilhões em faturamento. 

 

E além desse resultado, a CNC estima ainda que o Carnaval deve impulsionar a geração de empregos, com a geração de mais de 66 mil postos de trabalho. O estudo aponta ainda uma expectativa para a contratação efetiva de, pelo menos, 3,1% dessa mão de obra.

 

Indústria do Carnaval: conheça alguns setores que lucram na folia

De imediato, o Carnaval favorece principalmente, a cadeia dos serviços de turismo. E isso inclui aumento de demanda para os setores de hospedagem, de transportes de passageiros bem como, o de alimentação fora do lar. 

 

A cadeia da economia criativa também ganha com o Carnaval. Porque esse é um período que favorece os artesãos, as costureiras, os compositores, os músicos entre outros profissionais do segmento.

 

Mas, o que muita gente nem percebe é o quanto o Carnaval também incrementa o faturamento das indústrias têxtil, de bebidas e até a de cosméticos. Três setores que têm uma grande contribuição na economia nacional. 

 

  • A indústria de cosméticos e dos produtos de beleza: Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec), o Brasil ocupa a segunda posição entre os países que mais lançam produtos na área. Além disso, o país é o quarto do mundo onde mais se consome produtos de beleza. Consumo este, que também aumenta com a produção de penteados e maquiagem durante o Carnaval. 

 

  • A indústria têxtil: as inspirações de “lookinhos de carnaval” que são populares nas redes sociais, bem como as fantasias tradicionais, ajudam a aquecer o faturamento da indústria Têxtil Nacional. O setor movimentou cerca de US$ 1,14 bilhão em 2022 e gerou mais de 1,3 milhão de empregados formais, dos quais 60% são de mão de obra feminina. Assim, o setor de confecção se consolidou como o segundo maior empregador da indústria de transformação no país.

 

  • A indústria de Bebidas: “Tá com sede?”. Este verso popularizado pelo grupo Timbalada destaca a sede dos foliões. A expectativa é que a venda de bebidas em geral nos supermercados brasileiros aumente até 10% durante a festa, conforme a projeção feita pela consultoria Nielsen. No Brasil, essa indústria gera empregos para mais 120 mil pessoas.

 

Agora que você conhece mais sobre o impacto do Carnaval na economia e na geração de empregos do país, é hora de se divertir com muito mais consciência e responsabilidade.

 

Por Romero Jucá, consultor- chefe da Blue Solution

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